Às dores que não têm nome, que não cabem no peito, que se impõem soberanas diante de uma frágil alma...
Aos medos que não têm nome, que se fantasmagorizam no imaginário, por vezes não tão flutuante assim. Reais, ilusórios, grandes, simbólicos, insubestimáveis, por cautela!...
Às angústias que não têm nome, indecifráveis e antigas conhecidas, que espremem um coração, que deixa de respirar pra permanecer batendo. Máximo esforço, mínima atividade. Eis a angústia de não saber o que se passa...
Aos vazios que não têm nome, fartos pelas faltas, cheios de nadas... hiatos, desejos, sonhos, escuros, cores e buracos. São nomes que não nomeiam, pontos que não apontam, setas que perfuram sem direcionar...
Às desestruturas que não têm nome, aos despedaços perdidos ao léu... linhas e letras que não mais aderem, não conseguem (re)significar....
O papel tudo aceita, a vida não. O silêncio clama um novo sentir, novas linhas escritas. Outras, não mais estas, .... não hoje, talvez num amanhã que ainda não tem nome...