quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O tempo da pausa de um longo des-escrever






hiatos agudos
linhas sem letras
sentimentos lacrados
consoantes os bloqueios
vogais que vagam perdidas
num mundo que gira e não fala
rascunhos de um papel em branco
sobre o amor amado, amassado
nos desalinhos, um desabafo
e um mudo grito não-dito
fica de lado no tempo
afagos que apagam
atento ao relento
o quase que era
se desespera
reverbera
e já era. 

2 comentários:

Talita Prates disse...

nesse mundo que gira e não fala
que nos seja dado gritar pelo menos o nosso espanto e estranhamento diante do absurdo de ser, antes que seja (tarde demais).

Nandis, AMEI.
Muito.

O bjo,

Tá.

luakassel disse...

nossa, ficou muito bom, não me aguento, tá bom demais. Adorei a seta que faz.

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